26/10 - Reykjavik
Alguns programas, dado o tempo disponível, o cansaço e o frio, não se mostraram possíveis: Lagoa Azul, que custaria mais do que um programa com determinada ex-futura primeira dama, e demandaria um dia inteiro para ir, ficar, voltar... Até mesmo a uma piscina pública teríamos tido como ir ontem à noite... Mas, sinceramente, às 20:00, sob 1ºC....
Aproveitamos hoje mais um meio diazinho pra dar mais uma sapecada por outros pontos da cidade: Sun Voyager, catedral, Perlan. Já não nevava mas o gelo e a neve nas calçadas estavam naquele estado de semiderretimento inicial, inspirando cuidado e acrescentando um pequeno risco a cada passada. Hannibal bufava, cacarejava, esperneava, soltava indignados jatos de ranho verde pelas narinas e se insurgia a cada 5 metros da caminhada, sob o argumento de que na semana anterior eu havia corrido uma maratona e desmaiado no dia seguinte, então, por alguma regra de sazonalidade morfogenética biorrítmica, eu devia estar prestes a desmaiar de novo a qualquer momento, e pior, em cima de uma poça de barro e resquícios de neve.
Depois de comprar presentes a preços arrombantemente islandeses para aqueles que tanto amamos e sem os quais não nos seria sequer concebível existir, hora do próximo voo, e o próximo cagaço com as regras de dimensões de malas da Easyjet. Mais uma vez, ufa, não causaram problema. O cartão dava direito a, se não entrada no lounge, ao menos um bônus para comer no café do saguão de embarque. Dado o custo de vida islandês, nada fabuloso. Com duas franquias, compramos um sanduíche, bebidas, dois toddynhos, dois chocolates, e já era.
Chegamos à próxima acomodação. Com o dono desta, eu já havia trocado algumas mensagens, e ele já estava nos esperando tarde da noite. Torcia para que fosse um esquema um pouco mais ajeitadinho do que o de nossa mais nova amiga Annie em Marselha. Risível engano. Após uns 10 minutos tocando a campainha, e só tendo sido atendidos depois de dar uns gritos embaixo da janela do cara, entramos em uma casinha minúscula, com a acomodação sendo apenas um dos quartinhos minúsculos da própria casa, disputando o banheiro com os próprios moradores do local. Não havia como decifrar como ligar a ducha, então o banho foi tomado meio de canequinha mesmo, sentado na banheira cheia de cabelos do camarada.
Topou segurar as mochilas para nós amanhã para termos a chance de passear um pouco pela cidade. Espero encontrar alguém dentro da casa para devolvê-las quando voltarmos, na correria para não perder o voo.
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