10/10 - Leeds

Hoje foi mais um dia de jornadona. Ônibus, depois avião, tempos de espera para embarque entre uma coisa e outra, e, quando se vê, o dia já se acabou. Nem de Sheffield conseguimos ir parar no aeroporto de Manchester, de onde sairia o vôo, direto. De ônibus era mais baratinho, e nem achei ruim, porque nos permitiria, apesar de mais uma vez triangulando e aumentando a distância, duas horinhas de castigo em Leeds. Neste curto e não antecipado passeio, acabamos indo parar em dois dos lugares que eu já havia visitado anteriormente em minha outra passagem por aqui, o que provavelmente fala da falta de uma enormidade de pontos de interesse na cidade. 

No final, com os dois dias de Sheffield, as duas parcas horas em Leeds, olhando pela janela com a passagem do ônibus por Manchester a caminho do aeroporto, fui sendo tomado por uma sensação de repetição, de que todas estas cidades do interior são mais semelhantes do que diferentes entre si. Um tour maior apenas pelo Reino Unido talvez começasse a dar no saco, ainda que o anterior, no qual passei pela primeira vez por Leeds e Manchester, não tenha dado. Mas eu era mais jovem e deslumbrado, conquanto igualmente pançudo.

O aplicativo do Mastercard para jecas usuários de salas VIP indicava que, alternativamente ao uso daquelas do aeroporto, o Starbucks da área de embarque franquearia £ 18 para consumo. Pensei comigo: vou tirar o rabo da miséria, tomar dois frapuccinos grandes, com mais uns dois ou três doces, e ainda levar um biscoitinho pra noite. Mas era necessário ter um código de barras qualquer que ninguém soube me orientar sobre como conseguir, ou ser ainda mais Premium do que já sou. Restou então o lounge mesmo. Cheio mas não lotado, com comida medíocre mas não vergonhosa, e muito pouca coisa em condição de ser metida dentro da mochila e traficada para fora. Catei uma meia dúzia de muffins, foi o que deu.

E sim, no hotel mais caro da viagem, com banheira e tudo, a gente vai ficar só uma noitezinha e depois logo cedo tomar o caminho da roça.