25/09 - Charleroi, Leuven

Já ia dar merda hoje de novo! 
Depois de uma segunda noite maldormida, seja por causa do ainda enorme emputecimento com a situação de ontem à noite, que escorria pelas minhas axilas e se acumulava borbulhante ao redor de minha bolsa escrotal, seja porque a Hannibal ronca mais do que quatro súcias de porcos selvagens sendo estuprados analmente por 5 dezenas de hipopótamos bolsonaristas com seus pénis previamente mergulhados em cerol de cacos de vidro e limalha de ferro, fui verificar a reserva do próximo hotel e me dei conta de que a havia feito para a partir de 25/10, e não 25/09! Aquele erro básico que todo mundo que reserva alguma coisa revê quinze vezes os dados para evitar cometer, e então vai lá e comete mesmo assim. Pela segunda noite, estávamos sem onde dormir, ainda que desta vez tendo descoberto mais cedo. Entre mensagens de que seria impossível corrigir a data, ou que haveria como, mas com o pagamento de algo entre um adicional absurdo e quase uma nova diária, uma das atendentes da recepção escreveu dizendo que simplesmente alteraria as datas internamente, sem custo adicional. Annick Nelen, um enorme beijo em sua bochecha! Eu te amo, você pode até ter nascido homem. Mas mesmo assim ainda não me sinto compensado pelo destino, após o episódio de ontem.

De qualquer modo, o bafão todo nos deu a oportunidade de dar uma voltinha por Courcelles, um vilarejinho minúsculo de merda sem atrativo algum, e encontramos uma rota de trem que permitisse passar umas três horinhas em Charleroi, cidade já maior, moderadamente interessante, com porções genuinamente bonitinhas, e onde comi um waffle com creme batido e speculoos mais saboroso do que os lóbulos da orelha da vizinha do 53, pelo menos antes de ela ter resolvido destruí-los pendurando neles aqueles alargadores que parecem carretéis de linha de pesca. 
A coisa aqui tá fria. Ao redor de 10 graus, e nem chegamos a outubro ainda. Tendo chegado a Leuven e conseguido entrar quase sem grandes emoçöes no quarto, que parece uma quitinete ampla alugada para estudantes, fomos passear pela cidade, eu já vestindo basicamente toda a indumentária para frio que havia planejado usar nesta viagem. Com o passar dos dias, a coisa deve apertar mais.

À noite, rolava pela cidade um festival com música pum-pum-pum ruim, apresentaçōes de DJs, bebida, aquelas coisas de gente jovem e penianamente pressurizada das quais eu não fazia questão nem quando era um deles. Milhares de estudantes universitários alcoolizados cambaleando pelas ruas, mas emprestando um clima bacaninha à caminhada noturna.

O McFish daqui tem náo uma fatia de queijo e molho tártaro em cima do peixe, mas mero ketchup. Meio como a vizinha do 94 depois da menopausa: ainda vagamente comestível, mas certamente distante de sua melhor versão.

O aquecimento do quarto não funciona. Não chega a ser intolerável, mas a mão deixada fora da coberta vai ficando geladinha. E percebi agora há pouco que esqueci minha esponja de banho japonesa no banheiro do hotelzinho com água fria de ontem.

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