28/09 - Nieuwpoort

Uma maratona média, sem as aglomerações de outras mais fuderosas, e sem aquela rarefação de Kassel ou Ston, em que a gente acabava correndo absolutamente sozinho, sem ninguém visível à frente ou atrás, com medo de ter pêgo o caminho errado. Como de fato fiz, em Kassel, no finalzinho.
Mas coisa de os dois primeiros quilômetros foram feito em calçadas estreitinhas, bem no momento de maior concentração dos corredores, então a coisa demorou pra desenrolar. Devido a isto, um sujeito alguns metros na minha frente meteu o saco num daqueles pirulitos de concreto, pontudo ainda por cima, que não conseguiu enxergar porque estávamos todos lá tão juntinhos. Este viu estrelas que o levaram instantâneamente à reta de chegada.
Logo em seguida, já saímos da zona urbana, para um trecho quase totalmente rural. Paisagem bonita, se não exatamente variada. Temperada em vários momentos pelo álacre aroma de bosta de vaca. Até o km 15, sustentei correr com o pessoal dos 4h10. Com o pelotão das 4h20, fui atė faltarem uns 4 km, depois mostrei a língua. O fone de ouvido do sonzinho foi pro espaço no meio da corrida. Estas coisas são que nem as relações, depois de um tempo deixam de funcionar mesmo.
E precisei dar uma paradinha lá na cabine no finalzinho da corrida. Espetacular. Mesmo a está altura com campeonato, tudo limpinho, inclusive o assento. Papel higiênico abundante! Só a pia não tinha água, o que forçou aqueles vestígios fecais que acabam ficando na mão da gente quando vamos passar o papel a serem exorcizados apenas na próxima estação de hidratação.
Enfim, fechei em 4h23min. Minha meta atual, dada a crescente senilidade de meu físico, era fazer treinos de 4h30, para correr as maratonas em 4h20. Meus treinos têm sido desapontadores, de quase 5 horas, então acho que consigo me contentar em ter terminado está corrida 3 minutos acima do centro da meta.

E a merda de meu relógio de corrida chinês do caralho não registrou o percurso. Vim com este trambolho porcaria no braço só pra isto, e, como se vê, em vão.

Depois, no fim da tarde, com a pernas naquele estado de lástima terminal, fomos finalmente dar uma lambidinha em Nieuwpoort Stad. Tudo meio devagar e mortiço, como costuma ser toda a Europa civilizada depois do sábado ao meio dia, que dizer de uma tardezinha de domingo. Mas, de fato, bem mais simpática do que sua porção praiana.

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