02/10 - Cluj-Napoca


É aquela coisa com cidades menores: ficar um dia é pouco, principalmente se considerar os atrasos e imprevistos que os imbecis do aeroporto causam, mas talvez dois dias já sejam um pouco demais. Cluj basicamente é uma igrejona e uma estátua na frente dela, mais uns 3 museus bem desinteressantes. O resto se limita a flanar pela cidade, tudo posto o tempo reservado deu justinho. Apesar das previsões do Weather.com, que conseguem ser menos imprecisas apenas do que as informações do Google, não choveu hoje, mas o dia permaneceu nublado, o que provavelmente subtraiu uns pontos da beleza que poderíamos ter observado na cidade em um dia de bom sol. 


Mais uma vez, meu guia elaborado pelo Chat-GPT se esqueceu de mencionar que o centro de artes que nos sugeriu enfaticamente, ao qual tentamos ir pela manhã, havia fechado há uns 3 anos em decorrência de dificuldades relacionadas à COVID.


Almoçamos uns salgados e doces bem interessantes vendidos na vitrininha, não entramos no museu Steampunk que, apesar de aparentemente nerdísticamente interessante, era pago, e não barato, e parecia nem ser muito grande. Soma-se à lista de lugares que cruzei o mundo para chegar até o local, não entrar por sovinice e só ficar brincando na portinha.

O grau de civilização de um lugar pode ser medido por quanto ele facilita ou dificulta você dar um barroso. Aqui na Romênia os banheiros públicos são pagos (ainda que pouco, e são limpinhos. Na rodoviária de São Paulo tem que pagar e é aquele nojo...), as lanchonetes e galerias não têm banheiros, ou são fechados, só para funcionários. Os museus têm, logo na cara da porta de frente, o balcão da bilheteria, para dificultar que o vivente entre para botar os bronzeados para nadar gratuitamente. 



No meio de toda esta busca por fazer um honesto e fisiologicamente inevitável download, Hannibal resolveu comprar mais uma calça, como se a mochila já não estivesse tão cheia que não conseguiu encontrar dentro dela os seus fones de ouvido. Em seguida esqueceu a sacolinha na doceria. E quando retornamos, duas horas depois, apesar da semelhança da Romênia com uma enorme Cidade Ademar, ela ainda estava lá!


À tarde, depois de ver as incontornáveis igreja e estátua, e de passar por uma galeria de arte fechada e outra inexistente indicadas pela internet, fomos ver um filme de um festival de cinema. Gratuito, mas falado em húngaro e legendado em romeno. Era um documentário, sei lá por que pareceu ao curador que deveria ser selecionado para um festival de cinema, aparentemente sobre como pessoas morando numa região remota da Hungria fizeram para assitir a um jogo de final de Copa do Mundo na década de 70. Mas pode ter sido também sobre o sofrimento causado por suas hemorróidas, não deu pra entender bulhufas. 


O resto da noite foi perdida tentando e, até o momento, não conseguindo resolver a próxima dificuldade, que descreverei amanhã, porque não teremos nada pra fazer o dia todo, além de nos preocuparmos com mais está bomba e, em seguida, sofrer os efeitos de sua detonação.












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