04/20 - Košice

Bicho, o hotel é longe pra caralho! E uma linha reta até o centro da cidade, impossível, o que descobrimos andando uns 2 km dando em fundos cegos, linhas de trem, rodovias e matagais impenetráveis. Uns 7 km de caminhada depois, conseguimos chegar à sede da corrida, com bastante coisinhas semidivertidas para fazer e umas balinhas grátis pra pegar. O kit era o número de peito e mais nada, miséria total. A cidade, em compensação, está totalmente rendida à corrida, que basicamente é seu principal elemento de identidade e o grande evento do ano. A maratona mais antiga da Europa e a terceira do mundo. Desde 1924. Não me pareceu tanto assim. Minha pança existe há mais tempo do que isto.
Mais uma walking tour hoje, uma de duas tocadas pela mesma única pessoa na cidade  Ester, de inglês fluente mas bem embolado pelo seu forte sotaque. O plano era fugir novamente, claro, mas sei lá, ela pareceu gente boa, fiquei com peninha de dar um chapéu na moça. Do grupo, pequeno também pra desaparecer com mais facilidade, eu era o único a correr amanhã, ela fez questão de acrescentar à caminhada pontos relativos à maratona, enfim, mereceu uma rara postura honesta minha. Levou dezinho, enroladinho, como todos estranhamente costumam entregar aos guias. Podíamos ter enrolado uma nota de dez reais, e não de euros, e ela nem teria percebido.

Almoçamos também comida típica eslovaca, a preço típico do primeiro mundo, mas saciou parcialmente minha saudade dos pierogys que comi em minha tour pelos países bálticos, pelos quais só sou menos apaixonado do que os croquetes FEBO holandeses.


À noite teve ballet eslovaco, no assento baratinho, lá de longe, evidentemente, naquele estilo mais tradicional tipo Lago dos Cisnes, às vezes mais dança do que ballet, um argumento meio incompreensível, com o cara dançando com uma mesa, além dos outros personagens, mas com uma bela música, menininhas sendo retiradas da platéia para participar, bem divertido pelos 5 euros por cabeça que custou. 


Na volta ao hotel, de busão, porque realmente é muito longe e escuro pra bater perna à noite, depois de decifrar um aplicativo fantástico do transporte público metropolitano, mas lamentavelmente todo em eslovaco,  não havia caixa dispensadora de bilhete no ponto de ônibus, ou como pagar em dinheiro ou por cartão ao motorista, que tampouco soube explicar como adquirir um bilhete eletrônico. Acabamos filando a viagem semiautorizadamente. Vamos ver se dá pra repetir o truque amanhã, pra compensar a grana gasta com a guia.


E a merda do relógio chinês travou de novo hoje, mais uma vez não registrando a caminhada.

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